Aiii, saudades do carnaval, né? A maioria das pessoas quando pensam nessa época do ano lembram de muita cor, aglomerações, marchinhas e as fantasias mais lindas. Mas vai pensando que é assim no mundo todo, vai!
É, estamos falando de Nova Orleans, Louisiana. O carnaval deste povo amigo é um pouquinho diferente, ele é regado a máscaras assustadoras de gesso, colares de conchas e um clima de terror no ar.
Nova Orleans é uma cidade multicultural, colonizada principalmente por franceses e espanhóis e povoada por descendentes de escravos africanos, você pode encontrar também imigrantes alemães, italianos e irlandeses. Por essa junção de etnias que a cidade é muito diferente de qualquer outra nos Estados Unidos.
Além disso a cidade é a mais pobre se comparadas a várias outras metrópoles americanas, sem contar que a cidade teve mais de 80% de seu território devastado pelo furacão Katrina em agosto de 2005.
Apesar de todo o estrago causado pelo furacão e alguns resquícios que ainda ficaram 15 anos depois, nada consegue estragar a descontração e alegria do povo de Nova Orleans, que mesmo diante tanta dificuldade nunca desanima. Estamos falando do Mardi Gras, o carnaval americano, e muito famoso na conhecida The Big Easy.
Apesar de Nova Orleans, a conhecida The Big Easy, promover a maior e mais famosa comemoração de Mardi Gras, não foi essa cidade tão multicultural a primeira a sediar a celebração na história dos Estados Unidos.
Segundo historiadores, o Mardi Gras foi inspirado nas celebrações pagãs da primavera e fertilidade que aconteciam em Roma há milhares de anos. Foi com a chegada do cristianismo na era medieval, que os líderes religiosos decidiram incorporar as tradições populares locais e pagãs às tradições do cristianismo – as celebrações contavam com muita comida, bebida e barulho.
Dessa forma, tornou-se um prenúncio da Quaresma – que significa os 40 dias de jejum e sacrifícios realizados pelos cristões entre a quarta-feira de Cinzas e o Domingo de Páscoa. Só mais tarde que os franceses apelidaram a terça-feira que antecede a quarta-feira de Cinzas de Mardi Gras, que significa “Terça-feira Gorda”.
Foi por meio do explorador franco-canadense Pierre Le Moyne, Sieur d’Iverville em 1699, que o Mardi Gras chegou à América do Norte. Ele deu ao seu acampamento o nome de Point du Mardi Gras. Pouco tempo depois, ele realizou um pequeno baile de gala no acampamento, cerca de 97 quilômetros rio abaixo da atual Nova Orleans.
A partir de 1703, na recém-fundada cidade de Mobile no Alabama, os soldados e colonos franceses apreciaram as festividades do Mardi Gras, que na época serviu como capital do território francês de Louisiana, até a capital ser transferida para Nova Orleans.
O primeiro desfile de rua do Mardi Gras registrado em Nova Orleans ocorreu em 1837, mais de 100 anos mais tarde, depois de atos violentos quase acabarem com as comemorações.
A sociedade secreta Mistick Krewe of Comus, formada por empresários de Nova Orleans, promovia um desfile temático com carros alegóricos elaborados, artistas e um baile de gala pós desfile em 1857.
A partir da evolução gerada pelos Krewes ao longo dos últimos 150 anos para celebração que uni tradição cultural e festa agitada é o que determinou as comemorações do Mardi Gras nos Estados Unidos hoje.
Agora que você sabe que Nova Orleans não foi a primeira sede do Mardi Grass nos Estados Unidos, vamos descobrir que outras cidades também realizam os desfiles desta tradicional comemoração?
Se você quiser aproveitar o carnaval americano, mas quer fugir de Nova Orleans, pode visitar Mobile no Alabama, que por sinal foi a primeira cidade a sediar o Mardi Gras.
Em média mais de 850 mil pessoas participam anualmente dos vários desfiles e festas carnavalescos que ocorrem em Mobile. Na Terça-Feira Gorda, ocorrem seis desfiles, como os das sociedades místicas Order os Athena e Knights of Revelry.
Você verá bandas de jazz, carros alegóricos coloridos e não vai perder a oportunidade de pegar os famosos colares de miçangas. A partir das 18h tem o desfile da Order of Myths com carros alegóricos iluminados.
Lá você poderá visitar o Mardi Gras Museum of Imperial Calcasieu, responsável pela maior exposição de fantasias do Mardi Gras do mundo. No sábado acontece o tradicional desfile de fantasias de animais Krewe of “Barkus”, o gumbo cook-off, desfile de barcos iluminados no domingo, Royal Gala na segunda-feira e o encerramento fica por conta do desfile Krewe de Krewes às 17h na Terça-feira Gorda.
A cidade de St. Louis, foi fundada por franceses no Missouri, é responsável por promover mais de um mês de celebrações do Mardi Gras e afirma sediar o segundo maior desfile de Mardi Gras – que acontece entre os dias 6 de janeiro a 25 de fevereiro. No histórico bairro francês Soulard, acontece uma série de festas e desfiles para comemorar o Mardi Gras, sendo o Grand Parade, o maior da cidade que conta com mais de 100 carros alegóricos.
Vale lembrar que apesar de ser conhecido como o Carnaval Americano, as comemorações do Mardi Gras, nada tem a ver com as comemorações realizadas no Brasil, principalmente se comparadas com São Paulo e Rio de Janeiro.
Em Nova Orleans, você não vai encontrar festas em clubes fechados ou desfiles em sambódromo com convite comprado e lugar reservado. Podemos comparar os desfiles do Mardi Gras com Salvador, onde tudo acontece na rua, porém com uma ressalva, não existe trios elétricos com artistas no topo sem poder ser tocados.
As bandas são formadas por instrumentos de sopro e vão para o meio do povo e segue uma espécie de cortejo atrás dos músicos pulando e dançando. Ah, esqueça dos abadás, famosos nos trios elétricos, no carnaval americano as pessoas se vestem como querem e não é difícil encontrar casais e grupos de amigos e familiares fantasiados com personagens icônicos ou combinando roupas.
O que achou do Carnaval Americano? Gostou ou ainda prefere o estilo comemorado no Brasil?
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